Visando viabilizar a próxima safra, foi elaborada carta aberta com as demandas do setor que, em cinco anos, enfrentou duas estiagens e três cheias

Produtores rurais das áreas atingidas pela enchente reuniram-se na manhã da quarta-feira, 15 de maio, no gabinete, para tratar sobre os prejuízos sofridos pelo no setor agropecuário decorrentes da cheia histórica do Rio Taquari. Eles abordaram sobre medidas a serem adotadas  para garantir a viabilidade da próxima safra.

A elevação histórica no nível do rio, que passou 15 metros da medição normal, atingiu produtores de onze localidades: Beira do Rio, Caramujo, Rincão São José, Tinguité, Fazenda Lengler, Campo do Estado, Passo do Santa Cruz, Costa do Capivara, Fazenda Pereira, Assentamento Tupi e Assentamento Tempo Novo. Os que não foram atingidos pela cheia, sofreram com a expressiva quantidade de chuva em um curto período de tempo.

Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados. Mas em apenas uma granja, que fica na localidade de Fazenda Lengler, foram 86 mil galinhas perdidas e um prejuízo preliminar estimado em R$ 4 milhões. A recuperação da atividade deverá levar seis meses e o reestabelecimento em até um ano. Os empreendedores já estão trabalhando com a possibilidade de mudar o local da produção para evitar novos prejuízos. A agroindústria comercializa ovos de galinha em 37 cidades do vale do Taquari e Região Metropolitana. 

Além das perdas na safra, os produtores tiveram prejuízos com máquinas, galpões e outros. 

Também com dados preliminares, a Emater-RS/ASCAR, levantou que no cultivo do arroz foram perdidos 1.300 hectares; no milho grão, 613 hectares; soja, 171 ha; Aves, 88.300; bovinos, 668, e caixas abelhas, 1.500. Há grande perda de plantações de subsistência, pastagens, maquinário, cercas, acessos, animais de estimação e outros.

Além da cheia histórica, os produtores acumulam prejuízos em cinco anos com as duas enchentes de 2023 e as estiagens severas nas safras de 2021/2022 e de 2022/2023.  


Carta aberta 

Os produtores estão mobilizando os setores representativos do agronegócio e elaboraram uma pauta de reivindicações que estão colocadas na Carta Aberta - Agro, um grito de socorro (em anexo).

No documento, eles pedem o perdão de dívidas de custeio, a prorrogação de parcelas dos financiamentos de investimentos, a disponibilidade de linha de crédito, entre outras demandas. 





Data de publicação: 17/05/2024

Créditos: Prefeitura de Taquari

Créditos das Fotos: Divulgação/Prefeitura de Taquari

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